HISTÓRIA DA NAVEGAÇÃO
A mais remota documentação sobre navios e
arte de navegação encontra-se nos relevos e inscrições hieroglíficas do Egito.
As antigas civilizações mesopotâmicas registraram numerosos testemunhos de
navegação, inicialmente em áreas litorâneas protegidas por enseadas e
ancoradouros e, mais tarde, em mar aberto. Os rios principais foram poderosos
meios de comunicação, articulados com as vias terrestres, de modo a permitir o
transporte eficaz, ao longo de distâncias cada vez maiores.
Uma rede de canais artificiais, já no
terceiro milênio antes da era cristã, completava a utilização dos rios,
principalmente no Egito e, em menor grau, na Mesopotâmia. O desenvolvimento do
comércio conferiu notável impulso à navegação. As caravanas terrestres foram
substituídas por linhas marítimas. As civilizações fenícia, grega, a
cartaginesa e, em proporções menores, romana, basearam sua expansão e
predomínio cultural ou militar na perícia náutica, embora esta ainda fosse
muito precária se comparada a tudo que se tornou possível a partir da Idade
Média européia.
A evolução das técnicas de propulsão naval e
de navegação ocorreu lentamente e de forma muitas vezes descontínua. O remo
predominou na antiguidade, a vela única na Idade Média e, do século XVI ao
XVIII, multiplicou-se o número de velas e mastros até que, no século XIX,
surgiu a propulsão a vapor. As técnicas de navegação foram empíricas até o
século XIII. Do século XIII ao século XV, a generalização do uso da bússola e
da carta de marear orientou a navegação por rumo e estima. A navegação
astronômica por latitudes foi do século XV ao século XVIII e, a partir de
então, praticou-se a navegação astronômica por latitudes e longitudes. Na
atualidade, a navegação vale-se principalmente de um instrumental
radioeletrônico cada vez mais preciso.
MAIS HISTÓRIA
Navegação astronômica por latitudes
Navegação por latitudes e longitudes