NAVEGAÇÃO POR LATITUDES E LONGITUDES

 

Se a navegação por latitudes trouxe maior rigor à navegação, só o conhecimento das longitudes permitiria a determinação de posições exatas na superfície do mar. Desde o início do século XVI se sabia que a hora de observação de um fenômeno celeste dependia do lugar onde se situava o observador. Bastava encontrar um método para comparar a hora local do fenômeno observado à do lugar de origem, para que a diferença de hora permitisse conhecer o valor da longitude. A solução era fabricar cronômetros capazes de conservar a hora do meridiano inicial com precisão.

Em 1714, o Parlamento inglês instituiu um prêmio para quem descobrisse um método eficiente de determinar a longitude. O prêmio foi ganho por John Harrison, que construiu um cronômetro marinho de grande precisão, capaz de conservar a hora do meridiano de Greenwich. A esse aperfeiçoamento seguiu-se, na segunda metade do século XVIII e no início do século XIX, a descoberta e exploração sistemática, estimulada pelas academias científicas, das áreas marítimas que permaneciam desconhecidas.

O conceito mais moderno de navegação começou a delinear-se em 1801, quando o engenheiro britânico William Symington deu a público sua concepção de uma embarcação a vapor destinada ao reboque de barcos no canal que une os estuários dos rios escoceses Clyde e Forth. Seis anos depois o americano Robert Fulton comprovou a validade do invento ao percorrer, na quarta parte do tempo empregado anteriormente, a distância que separa Nova York de Albany, singrando o rio Hudson em um barco a vapor. Ficavam assim para trás os séculos em que a força do homem e dos ventos tinha movimentado os barcos.

 

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