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 Existe 
            uma variedade de maneiras de se obter luz linearmente polarizada. 
            Vamos sumarizar algumas delas.
  
 Quando 
            estudarmos as equações de Fresnel mais adiante, veremos 
            que ao se incidir luz não polarizada sobre uma superfície 
            separando dois meios de índices de refração n1 
            e n2, a luz refletida sai polarizada, com  paralelo à superfície, quando o ângulo de 
            incidência for igual ao ângulo de Brewster, como indicado 
            na Fig. 6.7. 
   Fig. 6.7 - Polarização por reflexão. 
 Certos 
            materiais possuem moléculas orientadas numa direção 
            preferencial e absorvem radiação com polarização 
            paralela ao seu eixo. Consequentemente tal material deixará 
            passar apenas a luz que tiver polarização perpendicular 
            ao eixo da molécula como mostra a Fig. 6.8. Um exemplo disto 
            é o polaróide. 
 Fig. 6.8 - Polarização por dicroismo. 
  
            A luz espalhada por moléculas de um meio, geralmente está 
            parcialmente polarizada, como vimos na Dem. 4.2. O maior grau de polarização 
            ocorre quando as direções luz-molécula e molécula-observador 
            formarem um ângulo de 900, conforme representado 
            na Fig. 6.9. 
  
 Fig. 6.9 - Polarização por espalhamento. 
 Geralmente 
            usada para infra-vermelho e micro-ondas. A componente de luz que tiver 
            polarização paralela aos fios da grade produzirá 
            uma corrente elétrica, sendo assim parte dissipada pelo efeito 
            Joule e parte refletida. Por outro lado, a componente perpendicular 
            passa e teremos assim luz linearmente polarizada na direção 
            perpendicular à grade (ver Fig. 6.10).
  
 Fig. 6.10 - Polarização por grade metálica. 
  
            Aparece em materiais birre-fringentes tais como mica, quartzo, calcita, 
            KDP, etc. O conhecido prisma de Nicol usa este princípio para 
            polarizar a luz. Considere radiação não polarizada 
            incidente sobre o prisma birrefringente mostrado na Fig. 6.11. A componente 
            de campo elétrico que incidir no meio, com polarização 
            paralela ao eixo rápido, nào será praticamente 
            defletida pois nr é pequeno (raio ordinário) ao passo 
            que a outra componente será pois n1 é bem 
            maior (raio extraordinário)  
 Fig. 6.11 - Polarização por dupla fenda.
 Sergio Carlos Zilio   |