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 No 
            caso da reflexão total interna, os coeficientes de reflexão 
            para as polarizações s e p, podem ser escritos como 
            e , onde as mudanças de fase e , que ocorrem durante a reflexão, 
            são dadas por:
 Se 
            a onda incidente possuir as duas polarizações (s e p) 
            haverá uma diferença de fase induzida pela reflexão 
            total interna:
 A 
            Fig. 6.18 mostra a diferença de fase d 
            como função do ângulo de incidência q para a reflexão total interna no vidro ( n1 
             1.5, 
            n1 = 1) cujo ângulo crítico 
            é qc = 41.90. Vemos que próximo 
            ao ângulo de 500 , a 
 Fig. 6.18 - Diferença de fase como função do 
            ângulo de incidência para a reflexão total interna no vidro.
 diferença 
            de fase é 450 e assim podemos 
            pensar em obter luz circularmente polarizada, fazendo duas reflexões 
            internas no vidro. Isto pode ser conseguido com o rombo de Fresnel, 
            mostrado na Fig. 6.19 (a), tomando-se o cuidado de fazer as amplitudes 
            dos campos com polarizações s e p iguais. Por outro 
            lado, se provocarmos quatro reflexões internas, a diferença 
            de fase induzida será de 1800 
            e como resultado teremos uma rotação no plano de polarização 
            da luz linearmente polarizada incidente (Fig. 6.19 (b)). Neste caso, 
            não é necessário fazer as polarizações 
            s e p de mesma amplitude. A vantagem deste método de obtenção 
            de luz circularmente polarizada e rotação do campo elétrico 
            é a acromaticidade, isto é, a independência do 
            comprimento de onda, ao contrário das lâminas l/4 
            e l/2.  
   Fig. 6.19 - (a) obtenção de luz circularmente polarizada 
            (rombo de Fresnel) e(b) 
            rotação do plano de polarização da luz.
 Para 
            finalizarmos esta seção, convém chamar a atenção 
            para o fato de que o dispositivo da Fig. 6.19 (b) roda continuamente 
            o plano de polarização da luz incidente, como é 
            mostrado na Fig. 6.20. Este mesmo efeito ocorre para a lâmina 
            de meia onda que estudamos na seção 6.4. Ao rodarmos 
            o dispositivo (ou lâmina l/2), ou 
            então mudando o plano de polarização da luz incidente 
            de um ângulo q, a luz emergente sai 
            com o plano de polarização rodado de 2q. Sergio Carlos Zilio   |