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À primeira vista pode parecer que se pode
deduzir a primeira lei a partir da segunda. Na realidade, na
ausência de forças, o movimento de uma
partícula é uma trajetória retilínea
e o movimento é uniforme e isso se pode deduzir da segunda lei.
O enunciado da primeira lei procura definir um conjunto de sistemas de
referência ditos inerciais. Para qualquer um desses sistemas
inerciais uma partícula, não estando sob a
ação de forças, tem um movimento
retilíneo e uniforme. Isso, como veremos depois,
não é válido para sistemas não-inerciais.
Uma vez definidos os sistemas inerciais, podemos estabelecer, para
esses sistemas, a relação entre força e
aceleração (a segunda lei).
As equações de Newton podem ser escritas em coordenadas
cartesianas, sob a forma mais geral como

O problema central da mecânica se resume
àquele de encontrar as soluções das
equações de Newton. Trata-se de resolver, para o
caso de se determinar a posição (x(t), y(t),
z(t)) como função do tempo, um conjunto de
equações diferenciais de segunda ordem no tempo.
A dificuldade principal está no fato dessas
equações estarem acopladas umas às
outras.

A solução completa das
equações de Newton requer que
informações sobre a velocidade da partícula e
sua posição sejam conhecidas em algum instante de tempo
anterior ao tempo t.
Em geral admitimos que no instante de tempo t = 0 a
posição e a velocidade da partícula
são conhecidas
Assim,
do ponto de vista matemático, o problema da mecânica se
reduz a encontrar as soluções para as
equações de Newton dadas as
condições iniciais. Isto é, se forem
conhecidas a velocidade e a posição da partícula
no passado, podemos determiná-las no futuro, uma vez conhecidas
as forças agindo sobre ela.
Gil
Marques
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