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Quando uma substância
radioativa se desintegra, ela em geral se transforma numa outra
substância que também é radioativa e se chama filha da primeira. Esta
filha por sua vez também se desintegra, e se transforma em outra filha,
que também é radioativa. Assim, sucessivamente, até haver uma última
transformação, numa substância que não é mais radioativa, isto é, uma
substância estável. O conjunto de todas as substâncias radioativas que
vão se desintegrando sucessivamente umas nas outras é chamado família
radioativa.
É
preciso notar que uma mesma substância radioativa não emite três tipos
de radiação: alfa, beta e gama. Há substâncias que só emitem partículas
alfa, outras que só emitem partículas beta, outras que emitem partículas
beta e raios gama simultaneamente (analise a coluna “radiação emitida”
do quadro abaixo). Mas, em geral, uma fonte radioativa possui vários
elementos da mesma família, e por isso emite as três radiações.
Na
natureza há três famílias radioativas. Em cada uma delas o produto
final, estável, é um isótopo do chumbo.

Família do tório em que o pai é o tório, e o último elemento, estável,
um isótopo do chumbo.

Família urânio-rádio em que o pai é o urânio 238 (que tem
), e o último elemento, estável, é outro isótopo do chumbo.

Família do actínio em que o pai é o urânio 235 (um isótopo do urânio),
sendo o actínio um elemento intermediário da família. O elemento
estável da família é um terceiro isótopo do chumbo.
O
quadro abaixo mostra a família urânio-rádio, com número atômico, número
de massa, radiação emitida e meia-vida de cada elemento.
Autor: Roberto A. Salmeron |
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